sábado, 26 de maio de 2007

O Cheiro do Ralo.

Não é que eu não dê a mínima pra esse blog, a questão é que é muito difícil de escrever qualquer coisa que seja sem um tema definido,eu não sou uma escritora foda e renomada que escreve maravilhosamente bem sobre qualquer coisa.Como Carol já disse não somos aspirantes a nada,muito menos a escritoras ou qualquer coisa que o valha. Eu me sinto uma imbecil tendo a obrigação de escrever aqui porque fico na frente do computador e não me vem NADA na cabeça, ter um blog é complicado,não faz nada bem pra auto-estima.

Como a Carol já disse fomos assistir ao Cheiro do Ralo.
O filme é foda,o nome é foda,o roteiro,tudo é foda.É um filme diferente,inteligente e engraçado.Sobre tudo e nada ao mesmo tempo.Sobre o que são os seus princípios e até onde eles vão pra que você consiga o que quer ou o que precisa ou que não precisa mas quer por vício e ganância.
Lourenço é o protagonista do filme,interpretado por Selton Mello(que desempenhou muito bem o papel,por sinal).É um cara solitário,fracassado e medíocre que não gosta de ninguém e que dirige uma loja totalmente decadente de objetos antigos e usados como se ele fosse um executivo bem sucedido.Ele recebe todo tipo de coisas velhas e sem valor pagando o mínimo possível pra pessoas desesperadas e que precisam de qualquer quantia em dinheiro,mesmo que for uma quantia miserável.Ele é totalmente cínico e tira sarro das pessoas que o procuram pra fazer negócio.
O filme gira em torno do cheiro do ralo e da Bunda,Bunda pela qual ele é fascinado e talvez até apaixonado,ele faria tudo pela Bunda.
O ralo do banheiro do escritório estava com problema e por isso saía de lá um cheiro horrível de merda.Todo cliente que chegava ele alertava que o cheiro vinha do ralo.Até que ele oferece uma quantia ridícula por um Stradivarius e o dono do instrumento diz que o cheiro do ralo era dele pois ele era o único que usava o banheiro.O cheiro de merda era dele,ele era merda,ele era podre,ele era nojento e mesquinho e um completo perdedor.
Já a Bunda era da garçonete do bar nojento em que ele ia comer todos os dias,nunca comia nada,só ia pra admirar a Bunda e sonhar em comprá-la.A garçonete acha engraçado e faz o jogo dele,mas ele estraga tudo quando pergunta o quanto vale aquela bunda.Ele já não sabe mais se ama a Bunda ou a garçonete.Ele se vê agora lidando com sentimentos que ele a muito não sabia mais que existiam.O afeto pelas pessoas.
Lourenço é um cara muito comum e acredito que muita gente se identificou com ele e com a história do filme.
Quem é que realmente sabe até onde vão os seus princípios ? Tudo tem seu preço.
O filme é engraçado pela irreverência e sinceridade com que as coisas são colocadas.Vale a pena ver e rever.Se eu tivesse grana ia ver de novo,mas não tenho.
É isso.

priscila

terça-feira, 1 de maio de 2007

igreja-universal-de-jesus-amor-divino-quadrangular-cristã-do-brasil-do-reino-de-deus

Dá vontade de cortar os pulsos num ritual melodramático e deixar um bilhetinho dizendo que morri por protesto a palhaçada nessa joça desse pais.Todo mundo que morre pela causa vira mártir,então,vamos morrer pela causa que pelo menos a gente fica famoso.
Mas é o seguinte: além desse bando de imbecil colocar Marcelo Crivella no senado o dito cujo agora me inventa um jeitinho todo diplomático de ganhar uma graninha com a lei Rouanet e não duvido nada que seja aprovado.Bispo da Universal já não é boa coisa na igreja,o cara tá limpando a bunda com o dízimo até hoje,além de ser parente do Macedo,tudo isso é motivo mais que suficiente pra saber que o cara não é flor que se cheire,mas isso não basta,ele tinha que ser senador.
Todo mundo tá sabendo dessa palhaçada de mudar a lei Rouanet (que dá incentivos fiscais a museus,peças de teatro,filmes,etc etc e entidades culturais de qualquer natureza) e que agora também dá o direito a doações para igrejas que segundo ele,faz parte da nossa cultura,logo,tem todo direito a parte das doações.Mas que porra,tanto museu caindo aos pedaços e o cara quer uma graninha pra igreja.
Ontem no Jô Soares,como era de se esperar,o cara ficou muito sem graça.Todo mundo contestando e dizendo que isso é um absurdo,não tem cabimento e tudo mais,ainda com as piadinhas sobre evangélicos.Crivella ficou muito,muito sem graça.Pra amenizar a coisa toda ele se explicou dizendo que as doações são SOMENTE pra igrejas históricas,de patrimônio público e que as igrejas evangélicas não teriam nenhum benefício com a mudança na lei.Ha-ha,imagina.Até então ele e nem ninguém tinha mencionado que as doações seriam pra restauração de igrejas históricas,já que é assim...então pra quê mudar a lei se a lei diz que as doações são pra entidades culturais de qualquer natureza ?! Igrejas históricas de patrimônio público são ou não são entidades culturais,porra ?!

priscila